TEMA: A realidade da medicina é igual em qualquer lugar do mundo?

A Lei Orgânica da Saúde, de 1990, estabelece os princípios do SUS para garantir atendimento universal. No entanto, a deficiência na sua aplicação é evidente, devido à limitação dos recursos nos hospitais públicos, comprometendo a qualidade da assistência. Por outro lado, nos Estados Unidos, os serviços de saúde de primeiro mundo estão disponíveis apenas para aqueles com planos particulares, destacando a disparidade na acessibilidade. Essas diferenças refletem possíveis problemas de má distribuição de verbas no Brasil e custos elevados nos EUA, perpetuando a falta de assistência básica à saúde para a população.

É evidente as adversidades enfrentadas por pacientes, usuários do serviço de saúde pública brasileiro, em destaque aos mais carentes. Conforme apresentado no seriado da Globo “Sob Pressão”, os personagens enfrentam desafios desde a falta de recursos e infraestrutura até dilemas éticos e morais, que dificultam a realização de seu trabalho médico e a excelência de um atendimento digno para os pacientes. Dessa forma, é essencial que o governo quebre esse ciclo que afeta, sobretudo, pessoas que não tem condições de recorrer ao serviço privado.

Diferentemente dos brasileiros, os americanos não enfrentam a escassez de recursos para tratamento, mas sim a falta de acesso ao atendimento público. De acordo com regulamentações governamentais, apenas aqueles com planos de saúde privados, como a UnitedHealthcare, têm direito a tratamento em certos hospitais do país. Ademais, os menos privilegiados e os idosos com mais de 65 anos podem receber atendimento por meio de programas como o Medicare Advantage e o Medicaid Managed Care, entretanto com várias restrições. No entanto, é comum que os americanos sem esses benefícios acabem acumulando dívidas significativas quando precisam de cuidados médicos, aumentando seus desafios.

É inadmissível, portanto, que a inviabilidade dos pacientes aos tratamentos de saúde permaneçam como estão. Diante disso, cabe à Organização Mundial de Saúde implementar diretrizes que melhorem a qualidade do atendimento aos doentes e também o desenvolvimento de políticas que obriguem ao estado a fornecer acesso universal para todos, com o propósito de atender às necessidades da sociedade durante momentos de fragilidade.