A saúde pública, prevista na Constituição Federal Brasileira e internacionalmente coordenada pela OMS, é o conjunto de medidas executadas pelo Estado para garantir o bem-estar físico, mental e social da população. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, mais da metade dos adultos brasileiros apresentam excesso de peso, sendo a obesidade uma doença crônica e um fator de risco para diversas outras patologias, incluso, doenças do aparelho cardiovascular que atualmente é considerada a maior causa de morte no país. Diante do recorrente quadro epidemiológico, intervenções são necessárias para a construção de um estilo de vida mais saudável.
A obesidade, condição clínica caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal, tem como principais causas o modo de vida sedentário e má alimentação. Alimentos ricos em açúcar, gorduras e carboidratos fazem parte da rotina da sociedade desde a infância, a praticidade dos “Fast Food” por muito tempo, foi vista como uma solução rápida para rotinas familiares corridas. Entretanto, a reposta desses maus hábitos é a alta taxa de morbimortalidade secundárias a tal patologia, diabetes tipo 2, hipertensão, esteatose hepática são algumas das comorbidades decorrentes do sobrepeso.
Nota-se, uma negligência por parte do Estado, que não tem assegurado o bem-estar de toda a coletividade, demonstrando um desrespeito aos princípios previstos na Constituição Federal de 1988. E por parte da sociedade, em que existe uma deficiência no processo de educação alimentar, uma vez que falta as escolas estimularem, desde a infância, o consumo de alimentos mais saudáveis em detrimento daqueles que são ricos em gorduras trans. Ademais, o aumento da taxa de sobrepeso mundial, confere grandes impactos para o sistema de saúde, e essas consequências não se limitam, somente, aos custos econômicos, como também aos custos sociais, como a diminuição da qualidade de vida, a perda de produtividade e a mortalidade precoce.
Infere-se, portanto, que tal problemática deve ser combatida urgentemente. É necessário que o Estado, por meio de palestras conduzidas por profissionais da saúde, como médicos e nutricionistas, juntamente com as famílias, promova, nas escolas, o estímulo a uma alimentação mais saudável, além de incentivos a prática de atividade física, como melhorias nas academias públicas. Em segundo lugar, é fundamental que haja a atuação dos veículos midiáticos, mediante a realização de reportagens que exponham a relação entre o sedentarismo, índices de obesidade e suas reais consequências.