PROPOSTA DE REDAÇÃO:
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Enfrentamento à síndrome de Burnout na sociedade brasileira” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
A obra “O grito” de Edvard Munch, retrata um importante desequilíbrio psicológico de uma pessoa. A discussão apresentada no quadro pode-se relacionar com a Síndrome de Burnout (SB), que é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao trabalho de um indivíduo. Assim, corrobora para esse cenário o aceleramento do cotidiano e a má gestão das redes sociais que dificulta a resolução de tal problemática. Desse modo, urgem soluções para impedir que essa mazela se perpetue ainda mais.
Dessa forma, torna-se claro como o aceleramento do cotidiano cristaliza os obstáculos para o enfrentamento à síndrome de Burnout no Brasil. Esse cenário advém de uma supervalorização por um ideal de produtividade, no qual a pessoa tem que estar a todo momento produzindo algo para ser aceito na sociedade. Isso leva a uma sensação generalizada de exaustão e esgotamento, pois a pressão para se autosuperar e ser eficiente não tem limites claros. Nessa mesma lógica, de acordo com o escritor sul-coreano Byung-Chul Han, em seu livro “sociedade do cansaço”, retrata-se um modelo de autoexploração no qual somos incentivados a buscar constantemente nossa própria maximização e produtividade. Logo, reverter essa mentalidade de eficiência é imprescindível para superar o problema.
Além disso, pode-se citar também, que a gestão inadequada das redes alicerça as dificuldades do combate ao esgotamento profissional. Isso ocorre porque, principalmente durante e depois da pandemia do covid-19, quando muitas pessoas passaram a trabalhar em casa, gerou-se uma normatividade de estar sempre disponível nas redes sociais para receber demandas de trabalho a qualquer hora. Essa má gerência do horário trabalhista acarreta uma exposição contínua ao estresse e um cansaço extremo. As pessoas deixam de ter seu momento de lazer e se dedicam totalmente ao trabalho. Com isso, perdeu-se a noção de turnos definidos de trabalho, solidificando um Burnout digital desencadeado pela sobrecarga de conectividade.
Diante do exposto, é necessário perceber que a SB no Brasil é reflexo de um aceleramento do cotidiano e uma gestão inadequada das redes. Para solucionar essa problemática, é essencial que o governo federal atue por meio do Plano Nacional de Combate ao Burnout, em conjunto com o Ministério da Educação, promovendo palestras públicas sobre a SB, com o objetivo de conscientizar as pessoas a se cobrarem menos no âmbito do trabalho, a fim de desconstruir esse ideal extremo de produtividade. Outrossim, o governo federal, por meio do plano citado, juntamente com o Ministério do trabalho, deve aumentar a fiscalização dos turnos de trabalho nas empresas virtuais e presenciais, com o objetivo de que seja respeitado esse horário, a fim de que possam trabalhar com tranquilidade sem ter um esgotamento profissional.