O tema da redação é:
Desafios na inclusão de pessoas no espectro autismo á infância na educação brasileira.
“No meio do caminho tinha pedras, tinha pedras no meio do caminho” Carlos Drummond de Andrade. As pedras citadas no trecho do poema referem-se aos desafios na inclusão dos autistas à infância na educação brasileira. Esse cenário advém de uma fragilidade educacional na formação de professores e da população além de uma mentalidade capitalista a qual torna as pessoas apáticas e habituadas a exclusão dessa minoria. Desse modo, urgem soluções para impedir que essa mazela se perpetue ainda mais.
Dessa forma, torna-se claro como a fragilidade educacional cristaliza a falta de inclusão dos autistas na educação brasileira. Isso ocorre porque, existe um déficit na formação de professores capacitados para trabalhar com pessoas neurodivergentes, apesar da matéria educação especial estar incluída na grade curricular dos cursos que permitem a docência, na prática a metodologia é voltada muito mais para o ensino regular e não para o especial dificultando a formação de docentes qualificados para estar em uma sala de aula lidando com as dificuldades de todos os alunos, o que gera uma marginalização dessa minoria que sofre com uma exclusão e invisibilidade social.
Além disso, pode-se citar também que a mentalidade capitalista alicerça a falta de incorporação dos autistas na sociedade brasileira. Essa situação acontece, pois, os proprietários das empresas visam somente o retorno financeiro mais rápido e não se preocupam em incluir os autistas pois teriam que demandar tempo e dinheiro para fazer uma adaptação geral no espaço de trabalho para poder recebê–los, e com isso preferem infringir as leis vigentes de inclusão desse grupo minoritário. Esse pensamento se opõe ao apresentado na Constituição federal, a qual garante direitos básicos como o trabalho a todo cidadão brasileiro.
Diante do exposto, é necessário perceber que a falta de inclusão dos autistas é reflexo de uma falha educacional e mentalidade capitalista. Para solucionar essa problemática, é essencial que o governo federal atue por meio do Plano Nacional de incentivo a inclusão dos autistas juntamente com o Ministério da educação incrementando mais horas práticas na matéria de educação especial dos cursos de docência com o objetivo de que haja uma melhor formação dos professores a fim de que possam trabalhar melhor com as pessoas neurodivergentes. Outrossim, a secretaria especial da cultura por meio do plano citado deverá orientar o Ministério Público, que é o responsável pela fiscalização das leis, a falta de seguimento delas, com o intuito de que o MP intensifique o monitoramento nos espaços públicos e privados a fim de que aumente as oportunidades para as pessoas com TEA na sociedade em geral e que a pedra que existe no caminho deles seja retirada.