A importância de se erradicar o capacitismo em sociedade
A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país prevê em seu artigo 6°, o direito a educação e segurança como inerente a todo cidadão brasileiro. Conquanto, tal prerrogativa não tem se reverberado com ênfase na prática quando se observa á falta de importância de se erradicar o capacitismo na sociedade, dificultando, deste modo, a universalização desse direito social tão importante. Diante dessa perspectiva, faz se imperioso a análise dos fatores que favorecem esse quadro.
Em uma primeira análise, deve – se ressaltar a ausência de medidas governamentais para combater o capacitismo em sociedade. Nesse sentido, o capacitismo está presente nas escolas, com a falta de preparo dos professores e funcionários para com os portadores de deficiência, a falta de conhecimento e preparo dos pais para lidarem com a educação de seus filhos, orientá-los e prepara-los a buscarem e lutarem por seus sonhos, uma vez que, com a falta de medidas governamentais traz para a sociedade a ineficiência de profissionais qualificados. Essa conjuntura, segundo as idéias contratualistas de John Lock, configura-se como uma violação do “contrato social”, já que o Estado não cumpre sua função de garantir que os cidadãos desfrutem de seus direitos indispensáveis como a educação, e segurança, o que infelizmente é evidente no país.
Ademais, é fundamental apontar o preconceito como impulsionador do capacitismo no Brasil. Segundo estudo INEP, apenas 3,5 dos integrantes da comunidade escolar, professores, funcionários e familiares, não tinham preconceito em relação a pessoas com deficiência. Logo, é inamissível que esse cenário continue a perdurar.
Depreende-se, portanto, a necessidade de se combater esses obstáculos. Para isso, é imprescindível que o Estado junto ao Ministério da Educação conscientizem a população em especial pais de surdos, para que não sejam complacentes com a cultura de estereótipos e preconceitos difundidos socialmente no Brasil.